Ultimamente estive participando de um grupo aberto de pessoas com ideias
em comuns que questionam nosso meio social.
Em meio à opressão, má distribuição de rendas, impostos absurdos,
politicagem podre e barata, planos do governo que só ficam no papel, manipulação
em massa, tecnologia crescente, sistema falido e atrasado de educação
Brasileira dentre outros. Venho um tempo questionando o motivo pelo qual não
tenhamos contato direto em ações de mudanças, será que as pessoas estão
ocupadas demais, precisando estar no mercado de trabalho por dinheiro e
consumindo para suprir essa frustração? Cegas demais, acomodadas demais e
alienadas demais... Não necessariamente generalizando dessa forma, mas convenhamos
que é mais é fácil se justificar e cair na rede do comodismo, marginalizar os
que estão fora desse contexto e criar uma ilusão de vida perfeita ditada pela
educação pela qual nos educaram.
De acordo com os fatos, mesmo não sendo moradora da cidade
de SP, presenciei uma série de manifestações e, como resultados disso, revoltas
recebem balas de borrachas para deixar a situação caótica em silêncio, e as
mídias publicam o que querem a seu favor. Velha história...
Muitos sabem que o sistema está infiltrado em nossas mentes.
Com base nisso um dos métodos tomados pelo grupo de agir em pró da
conscientização a favor da coletividade e assim reverter um pouco do quadro é
fazendo ações diretas.
Realizamos visitas a comunidade do Moinho, minha primeira
impressão é de que, sem dúvidas o local
está esquecido pelas autoridades de SP e condições de vivências são péssimas,
sem o mínimo de recurso para necessidades mais básicas (tomar água, realizar refeições,
necessidades fisiológicas,péssimo odor por toda a parte etc)
No dia 16 de setembro de 2012 passamos o dia no local em uma
ação através da imagem que elaboramos (mais detalhes nas fotografias em breve). A
intensão da imagem é dialogar diretamente com a população e causar
questionamentos, com relação ao que vivemos e mover atitudes.
Comunidade Moinho 16/11/2012. |
Consequentemente trocamos experiências, deixamos um pouco de
nossas histórias e levamos muitas conosco. Vítimas da grande engrenagem, são
pessoas simples dentro de uma “sub sociedade podre”; São pessoas humildes com
suas riquezas internas, são pessoas deixadas pra trás.
Para nossa surpresa, nesta manha do dia 17 de Setembro, querido
ano de eleição foi identificado o 2° incêndio na favela do qual foi publicado
em diversos sites e mídias televisivas.
O Estadão publica:” Briga causou incêndio que atingiu a
Favela do Moinho, dizem moradores”
Diário de SP: “Uma pessoa morreu em incêndio em São Paulo”
G1globo:” Polícia prende suspeito de iniciar incêndio na
favela do Moinho, em SP”
fantastico.globo.com já publicou: Condição precária das
casas é origem de incêndios em favelas de SP
Este ano já são 32 incêndios em favelas da cidade de São
Paulo. Oito só em agosto.
Outras mídias indicam que pelo tempo seco é bem comum a
possibilidade de incêndio por diversos motivos ocasionais, como mera fatalidade
acidental...
Em seguida surgiu um índice de 68 incêndios em favelas de
SP.
Em 23 de dezembro houve o mesmo ocorrido e as mesmas
justificativas pelas mídias.
A mídia interesseira, portanto é isso e sempre foi isso!!!
Em 2005 a prefeitura
da região entrou com uma ação para desocupar a área da comunidade do moinho,
ignorando mais uma vez a presença dos moradores. Lembrando que por ser uma região
central de SP o local se mostra ainda mais atraente pelo mercado imobiliário.
Indignada, depois de tantas publicações podres e por outro
lado, apelos já realizados, senti a necessidade de simplesmente fazer acontecer
algo nesta pequena ação documental do qual compartilho.
Estou do lado de quem luta por uma política habitacional digna
e justa com o mínimo de benefícios para sobrevivência e por uma educação acessível
de verdade.
Não é, portanto mais um trabalhinho acadêmico, nem uma super
elaboração revolucionaria com fins
lucrativos como muitas por aí, é um registro de um contato mais direto e o
começo de algumas ideias coletivas por
livre espontânea vontade do qual plantamos algo que não sabemos o que, nem onde
vai dar, mas onde há fé a esperança não morre e nós continuamos.
Fim da tarde entrada da comunidade do Moinho.16/11/2012. |
Até quando a sociedade vai aturar essa desigualdade social é tanta merda na tv é tanta merda tocando nas rádios, valores trocados :(
ResponderExcluirE isso mesmo amiga! nua e crua essa e a realidade da sistematização e midiatização!
ResponderExcluirMe sinto muito mal por não esta no dia do incidente para poder ajudar , nesse dia 17 de setembro de 2012 tiver pensamentos somente para a Favela do Moinho , estivemos um dia antes e acontece isso ...
ResponderExcluir_Quero que o nosso governo podre seja mais solidário com pessoas que realmente necessitam de ajuda , quanto dinheiro é gasto em cavaletes políticos , placas e coisa e tal ? É um absurdo o governo nosso país ... TENHA FÉ FAVELA DO MOINHO !
Infelismente a população vive hoje num mundo robotizado, onde não há espaço para opniões, para tudo há uma resposta manipulada pelo sistema.
ResponderExcluirQuando não notamos a intervenção da mídia, somos impulsionados pelas palavras e ordens dos políticos, que julgam assim mudarem algo na sociedade...
Gostaria eu, um dia poder abrir a mente do cidadão e colocar um chip de entendimento em cada, para assim, quando chegarem as eleições, não bastarem somente irem votar, nulo, branco ou em pessoas mediocres...Mas, em candidatos que pensam como pensamos, que fazem trabalhos sociais antes de se candidatarem.