Era uma vez Grace, uma mulher que descobre de modo duro que a cidade de bondade é algo relativo, Dogville é assim como nossas descobertas, o que se esconde por trás de tanta bondade e tanta necessidade de ajudar?! Talvez esta necessidade programada de ter retornos para recompensar atitudes que julgam generosas. Há pouco tempo conheci Dogville,assim como Grace fui tratada de maneira generosa na pequena cidade, bem vinda por necessidades específicas e por fim tornando escrava da sensação de suprir necessidades locais, mais cada vez mais, queriam mais, mais, mais e mais... É um câncer interno se desenvolvendo antes que se assine a carta de euforia.
A complexidade da descoberta não deve ser parte de uma
tentativa de controle, apenas entendida, dentro desse complexo vamos nos
deparar com algo muito desconhecido, e nos surpreender com posturas dilatadas
pelo espaço mundano.
Um DELÍRIO, uma lógica por ibope, que radicaliza
comportamentos chamado de IDEOLOGIAS, que acaba por controlar a vida íntima das
pessoas e que repetido várias vezes por dia acaba por se tornar comum.
Mesmo desconectado e conectando eventualmente, sei que
algumas questões sempre florescem na alma dos ouvintes da vida na terra, onde o
céu paira na cabeça dos viajantes da lua e do sol pertencentes ao universo que
rodeia a humildade de quem tenta ser o que às vezes é, mais adoecem na própria
tentativa e autodestrói se compromissando a crer simultaneamente naquilo que
não vê, sente que é depósito de saberes de coisas percebidas e de percepção de
coisas que não percebem.
Não percebem por que estão distraídos com uma realidade
invisível, crise do que passou a existir por mera afinidade de quem tem o
potencial de criar, que por acaso acaba de criar um sobrevivente chocalhado na
vida que rega tudo que se supre da linha exata da verticalidade, e que salta do
olhar para a mente dos degraus flexíveis que limitam a expansão do físico ambiente
que derivou ponta a ponta da própria marginalidade.
Quando a pessoa não conhece a intensão de informar ela se
revolta com a própria falta de informação e constrói uma barreira pra ficar na
resistência, defendendo-se.Caçadoras de erros, são portanto camadas de intensões que cruzam com
efeitos e fenômenos mutantes, quando se quer muito algo com isso tem que
aprender a aprender, primeiramente muito com pouco, pois é o que temos preservado
nos tempos atuais.
Serão no futuro crianças aprendendo a decidir cedo que não
querem envelhecer ou não quer sua qualidade de envelhecimento, alimentam-se de microchip,
a sobra da herança humana virtual.
Versátil e sutil a dominância animal, ingênua e alienada
diante da própria natureza, essa utopia que carregamos em contraste de nós
mesmos.
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