sábado, 18 de janeiro de 2014

Vejam como mundo é uma ARTE!!!

’BusCo por uma opOrtunidAde,
 A oportuNidadE de ter outra oportunidade para poder erRar
 Não houve dessa vez, quem sabe na próxima oportunidade haverá esta oportunidade’.

Abriu-se uma cortina em meio à viagem, não sabia o que fazer, pois haviam muitos convidados pra a peça, todos muito apertadinhos e aconchegantes, mesmo não tendo lugar para todos, todos queriam ver o espetáculo, e se apertavam ao entrar, os mais novos davam lugar para os mais velhos, não se importavam de ficar de pé e a pesar da fome se conformavam ao saber que uma voz se preocupava com a segurança de todos o tempo todo, era possível ouvir o aviso“ Ao sair cuidado com o vão entre o trem e a plataforma” era gratificante ouvir isso, o espetáculo era tão importante que haviam câmeras de registro por toda a parte, não queriam perder um segundo de cena, levando e trazendo comecei a fazer a minha viagem, tinha em mãos a coordenação motora o suficiente para o espetáculo e na mente o equilíbrio e a forma para sustentação corporal, montaram tudo pra gente, as barras de ferro,o movimento de cena e o público...

Todos os dias começava no mesmo horário era Perfeito hahaha

Ouço os apitos e as portas se moverem é hora de começar

Vejo que alguns eram tão fãns de teatro que se fanatizavam com uniformes e maquiagem saiam assim nas ruas, Lindos todos, muito dramáticos, olhares fixos e concentrados, um deles resolveu interagir comigo, queria testar minha resistência, meus limites, achei fantástico malabares sem as mãos, stand up de perguntas e respostas, contorcionismo interativo, vários deles todos uniformizados, foi uma dança linda e me deixaram ser protagonista da cena o tempo todo.Pusha!!! Eram fãns mesmo... Levaram-me pra casa em um carro de luxo que piscava no escuro, fiquei no porta malas acho que queriam fazer uma surpresa,chegando lá o cenário mudou, era obscuro havia uma cela e mais pessoas do teatro, todos gostavam de escrever e desenhar, muitos papéis nas mesas,e muita dedicação para com esses papéis, o que me entristece é que não enxergam este teatro  e me sinto um tanto quanto aprisionado ao saber que sou ícone principal de desejo humano e incontrolável representação inconsciente preso por quem já está preso e baleado pelo medo da verdadeira verdade humana.

Quando as cortinas fechavam ouvi minha voz dizendo:

’BusCo por uma opOrtunidAde,
 A oportuNidadE de ter outra oportUnidade para poder erRar
 Não houve dessa vez, quem sabe na próxima oportunidade haverá esta oportunidade’.


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