domingo, 1 de fevereiro de 2015

Aprendendo a dizer NÃO

Música para ouvir enquanto lê 



Por que dizer NÃO é tão difícil?

Por que a pessoa é profissional está desempregado (a), solteiro (a), com dívidas, sem grana etc...
(generalizando qualquer situação que seja de ausência)

Diante da insatisfação pessoal e fragilidade de coisas creio que não há solução certa, verdade absoluta, perfeições!  Mas diante da imagem de si mesmo eu proponho uma reflexão pessoal partindo da seguinte questão:

Se a sua vida se mostra em movimento e o tempo precioso, por que e pra que tantos sacrifícios e muletas?

O Impecável emprego, namorado(a), casa e carro, todos em lançamentos novos 2015.
(não digo pra descartar, mas aprender a canalizar as energias que infelizmente se banalizam nessa imensidão publicitária e que na verdade as conquistas no final das contas estão totalmente ligadas).
Passa-se mais tempo trabalhando do que empregado ou mais tempo empregado do que vivendo, e isso reflete na vida pessoal que você constrói, então vamos focar em diversas linhas de pensamentos que resulta na origem de uma rotina profissional que pode manobrar toda sua vida, isto é aprender a conhecer o que aceita. 

Experiências pessoais na atual área de atuação ARTES

 Deparo-me com um período no qual vejo cada vez menos a profissão Arte levada a sério, geralmente a pessoa que se profissionaliza, logo de cara acaba por ter outro emprego, a famosa “seguradinha”  até conseguir se infiltrar, dai em diante  não se importa em ganhar um cachê a menos alí outro menos aqui... Afinal o outro trabalho apesar de não ser lá grande coisa sustenta melhor.
Por que será que isso acontece tão frequentemente?
Me deparo com lugares me chamando pra trabalhar com a equipe, ou compartilhar meu trabalho lá dentro, isto é, ganho recíproco,isto é ótimo! meu trabalho lucra o local, interessa bastante o que pode proporcionar de benefícios; Mas na hora de falar do orçamento, o entendimento é que estou querendo abusar do financeiro do local, eu e alguns profissionais da área que levam seu trabalho de ARTE a sério, seja como ator, pintor que seja, sofrem com esse mal da falta de consciência alheia.
Por encarar a Arte como parte da vida pessoal não como mero e banal glamour, possivelmente a única fonte de renda e único trabalho, existe um gasto pessoal de tempo de pesquisa, investimento em formação profissionalizante, alimentação, locomoção, material de trabalho e dinamismo para adequar-se a qualquer movimento de criação espontânea de maneira garantida, madrugadas e madrugadas  de trabalho,neste contexto  a arte não é algo a parte, paralelo pra distrair a cabeça das pessoas do cansaço do dia a dia e sim um campo que estuda e conecta todas as áreas do conhecimento, será que as pessoas que aceitam seu profissionalismo por uma mixaria tem consciência disso? Que existe um sindicato contendo tabela de valores mínimos que supostamente seria justo para os profissionais da área de Artes?!
Infelizmente estou tendo que ter a atitude de negar algumas propostas que entram pra lista dos absurdos em consciência de valorização, mais me parece golpe, gostam do currículo, chamam pra até 3 processos seletivos, mas esquecem de que não são apenas eles que estão procurando profissionais mas os profissionais também estão procurando o locais que se adequam para fazer seu trabalho, se alguns contratantes  soubessem que não bancam nem com o mínimo não tomaria postura de encarrar o profissional como “olho grande”, “descartável”.
Já trabalhei por valores inferiores ao meu profissionalismo em condições alienantes e o que noto é uma falta de consciência, eu proponho a atitude de reforçar o conhecimento da sua área de atuação, principalmente antes de sair por ai aceirando qualquer proposta de trabalho, quanto tempo você já demorou para poder realizar coisas incríveis em pouco tempo??? Isso é pensamento profissional, atuar no ponto da solução ao invés de ser mais um peão alienado que segue “cagação” de regras, na base do “está ruim, mas está bom!”a valorização começa pelo "autoreconhecimento", na postura, no que a pessoa acredita, claro que o retorno financeiro é de acordo com a realidade do lugar, mas se a realidade do lugar é séria quanto a trabalhos que realmente funcionam ,com certeza o acordo financeiro não será entendido de forma abusiva mas no mínimo valorizada, isso significaria um lugar de contratação ou o contratante que tenha uma essência viva e uma grande probabilidade de elevação de crescimento.

Aprender a dizer não, não é uma exigência avulsa e orgulhosa, é, portanto uma percepção do quanto sua vida está sendo doada, seu tempo, sua intelectualidade, toda sua construção, não há vaidade em dizer não para algo que não lhe dará lucros nem lhe é especial, depois que se aprende a dizer não a aceitação sem dúvidas não é manipulável e irá alimentar muito mais a evolução pessoal, afinal quem se permite ou não estar na situação é você, seja ela no trabalho ou na vida que continua fora dele. 

 Karina B.

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